Masterização No Cubase

Nesse artigo você vai aprender alguns pontos muito importantes sobre Masterização no Cubase

Se você está começando a querer se aventurar na difícil arte da masterização e ao longo do seu caminho você escolheu o Cubase para trabalhar, saiba que essa poderosa DAW conta com ferramentas profissionais para masterização.
Essas dicas tem como objetivo facilitar o processo de masterização dentro do Cubase. Apesar de muitas vezes o Cubase ser pensado como um DAW “apenas” para a composição e mixagem, o Cubase vem há algum tempo, equipado com todas as ferramentas necessárias para masterizar, de fato, dentro da última versão que você encontra tudo que você precisa para conseguir um bom som.

Em primeiro lugar, achei que valeria a pena recapitular os conceitos básicos de criação de um projeto adequado para masterização dentro do Cubase. Se você estiver trabalhando com o cubase a partir da versão 7, há uma predefinição para masterização na tela de abertura que pode ser encontrado sob a aba Mastering/Masterização. (A partir do Cubase 7, a Steinberg adicionou opção de língua portuguesa, facilitando muita a nossa vida).

Cubase 1
Ter uma predefinição (Preset) pode ser bom em algumas circunstâncias, mas isso realmente não nos dão a total flexibilidade necessária para masterizar, porque cada projeto será de um jeito diferente, nunca serão os mesmos. Então, comece por carregar um projeto vazio sob a guia more/mais.

Quando abrir, precisamos adicionar uma track, seja via Project>Add Track>Audio e selecionar uma track estéreo (a menos que você esteja  trabalhando com surround ou em um projeto retro em mono) ou arrastando e soltando um arquivo para a tela de arranjo.

Cubase 2
Uma forma um pouco mais pura de contornar isso é importar o áudio corretamente. Clique em File>Import>Audio File e selecione a trilha que deseja carregar na janela de arranjo. Neste ponto, você tem algumas opções sobre o arquivo.

Eu sempre copio o arquivo para o diretório de trabalho, uma vez que mantém tudo junto. É melhor não escolher a opção “Split channels”, essa opção vai dividir o arquivo separando o canal L e R, como os processos que você coloca no arquivo para masterizar terá de ser repetido para cada canal, tendo os dois canais juntos em um único arquivo facilitará, assim você pode acabar com problemas de canais incompatíveis.

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Uma vez que um arquivo foi carregado, é hora de ouvi-lo. Como sempre, o melhor é fazer isso com bons alto-falantes que você esteja familiarizado. Também vale a pena ter uma trilha de referência em um estilo similar disponível para comparação.

Se você está masterizando para alguém, pergunte que tipo de som que ele ou eles estão pretendendo alcançar, para em seguida colocar uma faixa já masterizada desse estilo na janela de arranjo para uma comparação A/ B (Antes de Depois). EQ Vamos começar com o EQ.

O Cubase tem algumas pequenas ferramentas de equalização disponíveis para ajudá-lo analiticamente aqui. O primeiro destes é o MultiScope. MultiScope Isso inclui frequência e análise de amplitude e pode ser configurado de várias maneiras para exibir diferentes informações.
Um método de fluxo de trabalho de boa prática é colocar todas as ferramentas de análise no canal de saída (saída estéreo da Master Track) e os plug-ins nos canais de pista.

Dessa forma, quando você carregar várias faixas para masterizar um álbum na janela de arranjo, você pode comparar a aparência e verificar as respostas semelhantes, sem ter que inserir várias ferramentas de análise. Para visualizar diferentes resoluções no analisador, gire o botão de frequência à direita para ver o número de bandas que você quer ver e selecionar se deseja ver a amplitude ou a freqüência.

Pessoalmente, eu gosto de ver o espectro, mas eu sou um geek e é assim que eu penso sobre as coisas. Se você quiser mais simples, use a visualização padrão da banda. Comece por olhar para a análise sobre a faixa de referência e faça uma anotação de onde os altos e baixos estão no espectro de frequência, onde estão chegando.

Em seguida, coloque uma instância do EQ no canal, ou na janela Editar ou através de uma inserção no canal que você está usando. Agora você pode ver a análise de espectro deste e compará-lo ao de sua faixa de referência. Ajustar o EQ manualmente através dos controles na janela do EQ para alterar as diferentes frequências de modo que eles dão a mesma forma geral da pista de referência. EQ
Para economizar um pouco de tempo, tente usar o CurveEQ (a partir do menu Plug-ins), uma vez que apresenta um processo de correspondência. A tecnologia não é nova, mas é relativamente nova para o Cubase.

CurveEQ
Abra CurveEQ na lista suspensa de inserções e clique no botão rotulado Static & Match. Esta janela permite-lhe tirar snapshots (fotos) do espectro e combiná-lo com outro snapshot da referência.
Static
Para fazer isso, abra a inserção em sua faixa de referência e tire um snpasot clicando no botão rotulado Take, em seguida, salve esse arquivo de referência na pasta do seu projeto (I save mine in the project folder).
Em seguida, abra outra instância sobre a faixa que você deseja aplicar o EQ a e repita o processo. Uma vez que isso tenha sido feito, no próximo slot para baixo, clique em Carregar e encontrar o snapshot que você fez da faixa de referência.

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Uma vez que a unidade de EQ tem duas imagens carregadas, é preciso ser selecionado como referência e as outras necessidades a serem selecionados como se aplicam. Por fim, clique no botão rotulado Match Spectrums.

Spectrums
Este botão olha para as duas curvas de equalização e ajusta os pontos para tentar combiná-los. Feche a janela de Static &Match para ver o resultado final. O exemplo que tenho usado é bastante extremo para o efeito, mas parece funcionar muito bem. Ele sempre pode ser atenuada manualmente, se você não está feliz com os resultados, mas estará mais próximo do que se não tivesse feito isso.

CurveEQ
Obviamente, as trilhas não precisam de ser exatamente equalizadas iguais. Tenha cuidado se você estiver trabalhando com músicas de graves pesados, se você tenta aplicar uma curva de EQ com ainda mais graves, vai somar esses ganhos, você pode acabar destruindo alguns equipamentos… A eventual ferramenta para todas as etapas são os seus ouvidos. Lembre-se: você está ouvindo para criar uma faixa correta de se ouvir, e não fazendo acrobacias típicas de mixagens.

Compressão 

Agora precisamos pensar sobre a dinâmica e ajustar com cuidado. O Cubase não inclui alguns presets de masterização no compressor multibanda para uma variedade de estilos de música, no entanto, nunca achei que algum deles realmente fosse fazer a minha musica soar melhor. O problema é o mesmo de sempre com presets de compressão: o software não pode saber onde o limite é, e portanto, não pode operar corretamente. Vamos, porém, usar o Compressor multibanda para controlar as partes de forma adequada. Comece por colocar um compressor para a pista através das inserções (Inserts), tenha certeza que ele está definido para suas posições padrões e trabalhar a partir daí.

Multiband
A pista que eu estou usando tem uma parte de baixo calma e muita coisa acontecendo nos médios, pois eu quebrei a parte inferior e superior para ser relativamente distantes e dar maior controle dos médios.

Defina os seus limites e relações, como você faria se estivesse tratando de qualquer outro instrumento com essa faixa de freqüência e usá-lo como uma ferramenta para dar maior controle dinâmico para cada faixa de frequência. A pista que eu estou trabalhando é muito dinâmica e deve permanecer dessa forma, então meu limite é definido bem alto para controlar os picos, mas não perder a dinâmica.

A compressão também podem ser usadas para se obter a trilha com um pouco mais de volume. Se você está fazendo música eletrônica e quer que o metter (medidor) chegue a zero, então o Compressor multibanda é mais uma vez o seu amigo.

Ao comprimir as diferentes bandas de equalização você tem basicamente quatro compressores que não vão ser sempre acionados, quando o bumbo bate as divisões de frequência do compressor multibanda vai permitir a melodia passar.

Limiter
Limitando e maximizando 

O Cubase inclui vários limitadores na seção de plugins de dinâmica de suas inserções e na Faixa Channel. Há um limitador padrão e um limiter brick wall para qualquer fim que você precisar. Eu costumo usar o limitador padrão na maioria das vezes que preciso definir algo abaixo de 0 dB como ‘proteção’, desta forma eu sei que não importa o que eu faço, não irá danificar qualquer equipamento ou obter recorte desagradável. No entanto, ainda é perfeitamente possível sobrecarregar o limitador, então não é só aumentar e esperar o melhor só porque o limiter está ali.
Maximizer
O Cubase também inclui um Maximizer que é útil quando se trabalha em qualquer estilo de música popular. Para carregá-lo, repita o processo através das inserções e ele faz a maioria do trabalho para você. Há um controle clip suave que dará a pista um som de uma sobrecarga analógico antigo, trazendo o volume resultante para baixo, antes que os picos das ondas sejam cortados, uma forma muito básica de compressão. Maximizadores são algo que eu uso somente quando apropriado e o Cubase tem um que é muito simples de usar.

Resumindo Quando você tem seu EQ e Efeito de Dinâmica no lugar que você precisa usar aqueles ouvidos novamente e ouvir como a música soa, ouvir se o volume das trilhas estão corretos, veja se estão uniformes com as outras tracks do mesmo disco.

Faça uso constantes das comparações A/B com sua faixa de referência, deve levá-lo a um ponto que você fique satisfeito com o resultado. Mas note que masterizar também é um processo de obtenção de grupos de faixas para trabalhar juntas, então carregar todas as faixas de um álbum em uma única pista na tela de arranjo e trabalhar com elas com o mesmo canal de saída. Desta forma, você pode ouvi-los juntos e ouvir se a master está a trabalhar como todas as faixas.

O Cubase certamente tem todas as ferramentas que você precisa para levar a sua música para o próximo nível. Seja qual for o caminho que escolher, eu espero que você experimente algumas das ferramentas de masterização dentro da DAW. Boa sorte!

 Musictech Magazine 2013

 

 


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25 Comments

  1. Boa matéria, já uso a versão 7 a alguns meses e realmente concordo q ficou muito mais agradável de trabalhar e finalizar os projetos nessa DAW!

  2. Michel Marcos Villares

    animal vale cada centavo!

  3. Firme Barbosa Nao Tem como Pois Nao existe O Cubase 7 Crakiado! vc Tem que Compra como eu Comprei Paguei 500 Dólares.

  4. Ficou pra mim por 1000 REAIS pois nao paguei impostos !!! Mais pra quem vai pagar … !!!

  5. Mas ainda assim, me atormenta a dúvida com relação ao ganho… Uma DAW nunca vai ter a mesma qualidade de um hardware, pelo menos do modo que faço uso. É vísivel a distorção nas minha produções comparadas a produções "profissionais", principalmente quando chego ao volume máximo do sistema de som, as minhas tracks distorcem any vezes mais do que a referência.

  6. Edinho Camp Comprei por uma amiga minha que morava no usa, ai ela veio pra minha cidade ai nao paguei os impostos ficou por 1000 reais na epoca

  7. Jorge Araujo

    sistemas profissionais usam DAW. Então o problema não é isso. Estude mais sobre o assunto. #Dica

  8. Berenice Coutinho

    Estou pesquisando para o meu marido, que tem um Cubase 8.5. Ele tem dúvidas sobre masterização. Achei muito interessante as suas explicações. Vou pedir que ele acesse o sombinario.com.br.br. Obrigada.

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